Saúde Pernambuco confirma primeira morte por dengue em 2024

Homem de 53 anos morreu em 17 de março, em Tuparetama, no Sertão, e óbito foi confirmado nesta segunda (15)
Por: Aimé Kyrillos

Mosquito Aedes aegypti transmite dengue (Foto: Pixabay )

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informou, nesta segunda-feira (15), que foi confirmada a primeira morte por dengue em 2024.

Segundo o Estado, a vítima da arbovirose foi um homem de 53 anos, residente em Tuparetama, no Sertão.

Ele morreu no dia 17 de março. A SES-PE, por meio da Diretoria Geral de Vigilância Ambiental, informou que, para serem confirmados, os óbitos por arboviroses passam por uma apuração minuciosa.
A averiguação vai desde a investigação domiciliar até a hospitalar, refazendo o trajeto do paciente no serviço.


"Depois da investigação concluída, o caso é discutido em um comitê no qual médicos, enfermeiros, sanitaristas e outros profissionais pertinentes analisam os dados colhidos para confirmar ou não a causa suspeita do óbito", explicou o Diretor Geral da Vigilância Ambiental da SES-PE, Eduardo Bezerra.

Perfil do óbito


- Homem, de 53 anos, residente em Tuparetama
- Município de ocorrência do óbito: Caruaru;
- Comorbidades: sem comorbidade;
- Sintomas: febre, dor articular moderada, cefaleia, mialgia, dor abdominal moderada, diarreia com sangue, náuseas, vômitos com sangue, calafrios, olho vermelho sem secreção, prostração.
- Confirmação: pelo critério laboratorial.


Dados

O governo disse, ainda, que tem acompanhado a perda de força dos casos de arbovirose.

A secretaria aponta uma "desaceleração na entrada de novos casos de dengue nas últimas quatro Semanas Epidemiológicas"


Na semana N° 11 (de 10/03/2024 a 16/03/2024) foram registrados 3.158 novos casos prováveis.


Os números reduziram continuamente até que, na Semana Nº 14 (de 31/04/2024 a 06/04/2024), foram anotados 2.064 novos casos prováveis.


Boletim mais recente


O Boletim Epidemiológico Nº 14, com os dados das semanas epidemiológicas de 31/12/2023 a 06/04/2024, foi publicado na quarta-feira (10), pela SES-PE.


No levantamento, apontou-se 17.238 casos prováveis de dengue (casos confirmados + casos em investigação) no Estado e 1.236 casos de dengue confirmados - desses, 201 notificações como casos graves.


Com 190,3 casos/100.000 habitantes, o estado permanece em média incidência.


A porcentagem de casos prováveis, em comparação ao mesmo período de 2023, foi de 536,1% superior.


No Boletim 14, 80 municípios apareceram com baixa incidência para casos de dengue, enquanto 58 cidades estavam no estágio de média incidência.


Em alta incidência, na ocasião, postaram-se 45 localidades estaduais.

Vacinação contra a Dengue


O Governo de Pernambuco vem empenhando esforços para minimizar o quadro epidemiológico e na semana passada, municípios da Região Metropolitana do Recife realizaram campanhas de vacinação para diminuir os efeitos da doença.


Confira os municípios que receberam doses do imunizante e já estão vacinando a população desde sábado, (13) durante o dia D contra a Dengue em Pernambuco.


Abreu e Lima
Araçoiaba
Cabo de Santo Agostinho
Camaragibe
Igarassu
Ipojuca
Ilha de Itamaracá
Itapissuma
Jaboatão dos Guararapes
Moreno
Olinda
Paulista
Recife
São Lourenço da Mata


Ao todo, 20 cidades de Pernambuco foram beneficiadas com 65,8 mil doses da vacina.


Confira os municípios e o número de doses que cada um dele recebeu


Recife - 25.069
Jaboatão do Guararapes - 12.185
Paulista - 6.286
Olinda - 6.130
Cabo de Santo Agostinho - 4.249
Camaragibe - 2.739
Vitória de Santo Antão - 2.523
Igarassu - 2.255
Ipojuca - 2.250
São Lourenço da Mata - 2.168
Abreu e Lima - 1.938
Moreno - 1.009
Glória do Goitá - 614
Pombos - 547
Itapissuma - 458
Araçoiaba - 441
Itamaracá - 441
Chã Grande - 400
Chã de Alegria - 273
Noronha - 38

O imunizante é destinado a pessoas de 10 a 14 anos, público que concentra a maior proporção de hospitalização pela doença.


O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas. O Ministério da Saúde recebeu nova remessa de doses contra a doença.


A pasta reforça que as vacinas são um importante instrumento para frear o avanço da dengue no país.


No entanto, diante da pouca oferta de doses por parte da fabricante, o foco segue na eliminação dos criadouros do mosquito.