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CRIME CIBERNÉTICO Carnaval 2024: tome cuidado para não cair nos golpes do Pix e do abadá e ingressos falsos

Empresa fez alerta para crimes cibernéticos na folia e delegado pernambucano ressalta a importância de checagem de informações
Por: Wilson Maranhão


Um exemplo citado é o momento de pagamentos de bebidas ou comida, em que os criminosos podem observar e roubar a senha digital do cliente (Foto: Rafael Vieira/DP)


Faltando uma semana para a abertura do Carnaval em Pernambuco, os foliões que utilizam as plataformas digitais para serviços financeiros e transações por Pix precisam ficar atentos para não cair em golpes cibernéticos.

É que o período e mais propício para ciberataques. Também é preciso ficar de olho em golpes na compra de ingresos e abadás de blocos, que podem ser falsos.

O alerta é feito por especialistas da Palo Alto Networks, uma empresa de tecnologia.

Eles apontam a necessidade de as pessoas ficarem atententas a esses crimes.

A empresa destaca que os crimes virtuais ocorrem com mais frequência durante o momento em que o folião realiza operações digitais.

Um exemplo citado é o momento de pagamentos de bebidas ou comida, em que os criminosos podem observar e roubar a senha digital do cliente.


A partir desse alerta, o Diario de Pernambuco procurou a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), que por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DPCRIC) para saber como os foliões podem se proteger os golpes.


O delegado titular desta delegacia, Eronides Meneses, que alertou sobre os recentes golpes do Pix e da compra de abadá para festas de Carnaval.


Confira as dicas:


Golpe do Pix


“Em relação ao Pix, o pessoal tem que ter cuidado quando for fazer as transações, pois ele é uma modalidade instantânea. Muitas vezes, as pessoas não pensam no que estão fazendo. Um exemplo. Um golpista, se passando por filho, pede dinheiro e a pessoa manda, sem pensar. Depois, descobre que caiu no golpe. Outra questão é a possível recusa da transferência pelo banco. Pode existir algum problema detectado com a aquela conta que está recebendo o dinheiro. Ela pode ser de alguém que você conhece e está sendo utilizada para fraude. Então, o sistema bloqueia e não deixa a pessoa fazer a transação. Mas, mesmo assim, a vítima pode pedir a outra pessoa para fazer a transação ou utilizar outro aplicativo de banco para realizar essa transferência. É depois disso que a vítima entra em contato com a pessoa beneficiada e percebe que não houve pedidos, caindo, assim, no golpe. É necessário checar os dados sempre numa conversa pessoal ou por videochamada”, alerta o delegado.


Compra de abadá


“O pessoal têm anunciado muitas festas, duplicando eventos, em sites falsos ou mesmo em aplicativos legítimos. Porém, os mais novos que não têm o cuidado de checar muita coisa. Por exemplo, tal site anuncia a venda de abadá para um bloco específico em um site famoso. Daí, o golpista pega e faz prints desses anúncios e coloca em site desconhecido de outros Estados e anuncia a oferta mais barata. Daí, o cliente vai e realiza a compra e acaba caindo no golpe, pois o ingresso e o abadá são falsos. Sempre é bom o folião comprar abadás em sites de confiança, sendo aqueles anunciados pela Imprensa, ou aqueles que se apresentam em perfis oficiais. Tem muito golpista lucrando com a venda de abadás e ingressos falsos”, ressaltou o delegado Eronides Meneses.


Confira outras dicas da Palo Alto Networks:


Redes públicas de Wi-Fi


Utilizar redes Wi-Fi gratuitas em hotéis, aeroportos ou restaurantes durante viagens é comum, mas uma ação arriscada. Esses hotspots são vulneráveis a hackers, pois, muitas vezes, carecem de sistemas de segurança robustos. Hackers podem facilmente se conectar à rede para infectar dispositivos ou roubar dados confidenciais. Em situações ainda piores, redes Wi-Fi podem ser falsas, criadas por criminosos digitais para atrair turistas desavisados e torná-los vítimas.


Senhas descobertas


Durante o carnaval, os espaços públicos, geralmente lotados, se tornam propícios para a ação de agentes mal-intencionados em busca de informações valiosas nos dispositivos alheios, como credenciais de contas. A possibilidade de um criminoso observar silenciosamente enquanto alguém insere sua senha e, posteriormente, roubar o celular é uma ameaça real em meio à agitação da multidão. Para prevenir essa situação, é aconselhável evitar o uso do celular em público para acessar contas sensíveis, proteger aplicativos de banco com senha e habilitar bloqueios em casos de roubo.


A autenticação de dois fatores (2FA) surge como uma solução eficaz, recomendando-se ativá-la em todos os aplicativos do celular. Mesmo se a senha for comprometida, a camada adicional de proteção proporcionada pelos códigos de autenticação aleatórios gerados pelos aplicativos 2FA dificultará o acesso não autorizado, sendo aconselhável evitar escolher a opção de receber códigos por SMS, já que serão enviados ao mesmo aparelho.


Dispositivos perdidos ou roubados


O roubo ou a perda de dispositivos durante as grandes aglomerações do carnaval é algo muito comum. Como as pessoas gerenciam praticamente toda a sua vida por meio dos smartphones, quando elas os perdem, isso pode significar toda uma cadeia de problemas, que podem ir desde a invasão de suas redes sociais até transações fraudulentas em seus aplicativos bancários.


É por esse motivo que especialistas recomendam manter dispositivos protegidos por senhas fortes e complexas. Afinal, numa eventual perda do mesmo, pelo menos suas contas e arquivos pessoais estarão assegurados pela proteção


Guarde as informações do aparelho


Registrar todas as informações essenciais do dispositivo, como número de telefone, fabricante, cor, modelo, PIN ou código de desbloqueio, e IMEI (número interno de identificação do dispositivo) é um passo valioso. O IMEI é crucial para o registro de ocorrência em caso de roubo ou furto. Além disso, observar características que o diferenciam, como arranhões ou rachaduras.


Camada extra de proteção


O Governo Federal, em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, lançou o aplicativo Celular Seguro. Essa ferramenta visa informar aos bancos e operadoras sobre o roubo ou furto de aparelhos celulares, permitindo o bloqueio imediato nas instituições. O app conta com mais de 680 mil usuários registrados e está disponível para celulares Android e iOS. Ao detectar um roubo, as pessoaspodem alertar instantaneamente as operadoras e bancos, facilitando o bloqueio do aparelho e reforçando a proteção contra golpes.

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