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VENDAS DE FIM DE ANO Tentativas de golpe na Black Friday cria alerta para as compras de Natal

 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
crédito: Ed Alves/CB/D.A Press
Por: Fernanda Strickland - Correio Braziliense
Com a pior Black Friday da história, o varejo deve "abrir a mão" e intensificar estratégias de descontos para recuperar resultados, o que sinaliza mais uma oportunidade para o consumidor economizar ainda em 2022. Segundo dados da Confi Neotrust e ClearSale, a semana de descontos e promoções ocorrida em novembro registrou uma queda de 23% no volume de vendas com relação ao ano anterior.

Por outro lado, cresce também o número de golpes virtuais, criando um alerta especial para o consumidor nesta época do ano, que deve redobrar os cuidados para não cair em golpes. Um levantamento realizado pela plataforma Site Confiável durante a Black Friday, entre os dias 24 a 26 de novembro, monitorou 40.141 buscas de consumidores que buscaram por 10.706 sites únicos.

Desse total, 7.485 sites foram considerados suspeitos pela plataforma, com destaque para sites clonados em que páginas falsas tentam se passar por lojas populares e confiáveis para aplicarem golpes, e também sites com promessas de ganhos fáceis que aplicam golpes criando expectativa de ganhos fantasiosos a partir de investimentos.

Uma pesquisa feita pela Serasa no ano passado, mostrou que seis em cada 10 consumidores já sofreram algum tipo de golpe financeiro. Fraudes na compra e venda de produtos, utilização indevida de dados de cartões e uso criminoso do WhatsApp foram as irregularidades mais citadas. Em 2022, uma novidade pode agravar ainda mais esses números, que é a alta adesão e facilidade para pagamento através do Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central (BC).

Esses números reforçam a preocupação de mais de 86% dos brasileiros que dizem ter medo de serem vítimas de golpes, fraudes ou violação de dados pessoais, segundo pesquisa da Federação Brasileiros de Bancos (Febraban). Para Alessandro Fontes, do Site Confiável, a informação será a maior aliada dos consumidores para evitar prejuízos e comprar com segurança em sites confiáveis e seguros. A seguir, ele lista 10 dicas e alertas que podem salvar o consumidor de uma enrascada:

1°. Cuidado com sites clonados: antes de comprar, sempre verifique se está realmente comprando através da URL oficial da loja: muitos sites copiam o visual de lojas com o objetivo de confundir o usuário e levá-lo ao golpe. Então, olhe sempre na barra de endereço para saber se o site está realmente correto. Na dúvida, faça o inverso: acesse o site diretamente, usando buscadores, e pesquise pelo produto que você estava navegando.

2°. Reputação do site: principalmente se for uma loja que você nunca comprou, use sites como Reclame Aqui e Consumidor.gov.br para consultar a reputação da empresa; evite lojas ou sites de reputação ruim ou péssima.

3°. Tempo de registro: o site confiável mostra os dados de propriedade do domínio da empresa e também há quanto tempo ele foi registrado, evite comprar em sites com pouco tempo de vida. Não que uma empresa nova não possa ser confiável, mas certamente você não confiaria um grande valor a uma loja on-line com dois meses de vida, não é mesmo? Para sua maior segurança, dê preferência a sites já tradicionais e antigos.

4°. Cuidado com preços muito atraentes: encontrou uma super promoção com preço exageradamente baixo? Cuidado. É comum que sites fraudulentos tentem atrair a atenção dos consumidores oferecendo produtos populares por preços impraticáveis. A exemplo de um smartphone que custa cerca de R$ 10.000 aparecer em anúncios por aproximadamente R$ 3.000, é golpe.

5°. Caixas misteriosas ou caixas surpresas: você certamente já viu algum vídeo em que uma pessoa diz ter comprado uma caixa, por um valor muito baixo, sem saber o que viria dentro, e que, por "sorte", recebeu um iPhone e outros itens bem caros. Bom demais pra ser verdade, não é mesmo? Não acredite nisso.

6°. HTTPS ou SSL não é garantia de segurança: muito se ensina sobre o selo de segurança "https", que serve para criptografar os seus dados durante uma transação, mas lembre-se que isso não é garantia de segurança. Hoje em dia, os sites falsos ou lojas fraudulentas também possuem esses protocolos.

7°. Se for comprar em um marketplace como OLX, Aliexpress ou Mercado Livre, jamais aceite negociar diretamente com a pessoa ou empresa. Verifique a reputação do vendedor, o tempo em que ele está na plataforma, a quantidade de vendas que ele já fez e pague utilizando o meio de pagamento disponível pela plataforma, pois elas garantem a intermediação entre as partes.

8°. Cuidado com os gatilhos mentais: os gatilhos mentais são peças-chave em ataques de engenharia social. Se você recebeu uma mensagem que te deixou curioso, com senso de urgência, ou com uma percepção de vantagem exclusiva… pare, pense e pesquise sobre o site ou pergunte para amigos ou familiares que tenham familiaridade com compras on-line.

9°. Cartão de crédito é o meio de pagamento mais seguro: boleto bancário e Pix são excelentes alternativas para conseguir um bom desconto à vista, mas também são mais arriscados, pois não possuem mecanismos para reversão do pagamento, caso seja identificado um golpe. Já os cartões conseguem fazer o estorno do pagamento nesses casos.

10°. Evite compras em redes sociais, mesmo que seja uma recomendação de um influenciador que você segue e acompanha e até mesmo um link postado por um amigo, desconfie. O amigo pode ter tido a conta hackeada, e, por confiar nele, você pode acabar comprando algo que não irá receber. Antes de decidir se vai comprar ou não, valide todos os critérios que mencionamos anteriormente.

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