Monkeypox PE já tem 303 notificações para varíola dos macacos

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Em nova atualização divulgada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), nesta segunda-feira (22), Pernambuco aumentou o número de notificações para a varíola dos macacos. Segundo o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância à Saúde (Cievs-PE), até o momento foram 303 notificações, 63 a mais que a última divulgação, na quinta-feira passada (18), sendo 19 confirmados, 26 descartados e 258 em investigação.

Todas as 19 confirmações para a monkeypox (nome do vírus causador dessa doença) são de homens, na faixa etária dos 20 aos 49 anos, que estão em isolamento domiciliar. A maioria dos pacientes são da cidade do Recife, com 12 casos confirmados. Os testes estão sendo feitos na Fundação Oswaldo Cuz do Rio de Janeiro (Fiocruz-RJ), a única referência na doença ainda no país.


A SES-PE informou que quatro dos cinco casos suspeitos para varíola dos macacos, notificados na Penitenciária Dr. Ênio Pessoa Guerra, em Limoeiro, foram descartados e apenas um segue em investigação.

O contágio do vírus da monkeypox acontece, sobretudo, por contato direto com as lesões e secreções das feridas. Ainda não há confirmação se a doença pode ser considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST), mas já se sabe que o ato sexual tem sido uma relevante forma de contágio do surto atual. O Ministério da Saúde já negocia a compra de imunizantes contra a varíola dos macacos, mas, em pequena quantidade ainda disponível no mundo, deve ser orientado apenas para grupos específicos, considerados de risco, como profissionais de saúde e pessoas que tiveram contatos com pacientes confirmados.

O Brasil já tem quase quatro mil casos, a grande maioria em São Paulo. O país também registrou uma das 13 mortes do mundo: um paciente em Belo Horizonte, Minas Gerais, que já estava gravemente debilitado por um câncer agressivo. No mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, já são 42 mil casos confirmados nesse surto, que começou no início do ano, na Europa. A Varíola dos Macacos é endêmica, desde os anos 1950, na África.

Por: Diario de Pernambuco