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SAÚDE Especialista alerta para os perigos da automedicação



Foto: Divulgação.

Tomar medicamentos sem prescrição médica para o alívio imediato de alguns sintomas é uma prática comum entre os brasileiros e pode trazer danos graves à saúde. Para muitos especialistas o uso inadequado de remédios apresenta o surgimento de outros problemas de saúde, além da ineficácia em vários casos. Segundo uma pesquisa divulgada em 2019 pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), 77% da população faz autoconsumo de medicamentos, sendo que quase metade (47%) se automedica pelo menos uma vez por mês e um quarto (25%), todo dia ou pelo menos uma vez por semana.


Elizabeth Vilar, médica hematologista do Cerpe, medicina diagnóstica da Dasa, explica que essa cultura da automedicação representa um grande risco à saúde, visto que a população em geral não tem o conhecimento dos possíveis danos do fármaco utilizado. “É preciso ter bastante cuidado, sobretudo se a medicação é apropriada aos sintomas que ele está apresentando, pois os remédios quando utilizados de forma livre podem trazer problemas desde alergias a comprometimentos cardíacos, gástricos, hepáticos e renais”, esclarece a médica.


A especialista também conta que outro ponto que precisa de atenção é no intervalo entre as doses e o tempo de uso adequado que devem ser respeitados para que a medicação atinja seu melhor efeito com menor risco. “Essa medida visa tanto reduzir o risco de possíveis efeitos colaterais quanto o risco de intoxicação”, aponta.


Para Vilar, o acompanhamento do médico é fundamental não somente para a indicação do medicamento como para a efetividade no tratamento de doenças. “O grande alerta para a população é que diante de uma prescrição, esclareça com o seu médico a forma adequada para o uso além dos principais riscos, não altere por conta própria doses, horários ou tempo de uso e, diante de novos sintomas, comunique ao profissional para que as medidas adequadas sejam tomadas”, recomenda a médica.

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