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PANDEMIA Imunizante experimental protege contra todas as variantes da Covid-19



Os anticorpos do imunizante criado por pesquisadores da Universidade da Califórnia são acionados quando o imunizante, que contém os aminoácidos da proteína spike do coronavírus (foto), entra em contato com a célula - (Foto: National Institutes of Health/AFP)

Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia desenvolveram uma nova composição de imunizante contra a covid-19 com uma formulação inédita que demonstrou, em testes com ratos, ser eficaz para a proteção contra todas as variantes da doença e possíveis novas cepas que vierem a existir. O estudo foi publicado na revista PLOS Pathogens nesta quinta-feira (21/7).


A estratégia dos cientistas foi criar uma composição que atacasse diretamente a proteína spike do SARS-CoV-2, responsável pela entrada do vírus nas células do corpo humano. Até o momento, os pesquisadores afirmam que as vacinas atacam o RNA liberado pelo vírus após a entrada dela nas células, o que permitiu a neutralização dos casos graves e desacelerou a pandemia, mas não atingiu o ponto mais eficaz para exterminar o risco do vírus.


“O objetivo inicial na criação das vacinas não era parar a doença, era mitigar as consequências, para reduzir a gravidade e os resultados da covid. As vacinas têm feito isso”, pontuou o autor sênior do estudo, Maurizio Zanetti, professor de medicina da universidade.


No entanto, os meses passaram e foi possível observar que a eficácia das vacinas varia de acordo com a variante do vírus, apesar de ainda ser eficaz. Por isso, os pesquisadores afirmam que o novo coronavírus ainda é uma ameaça global e surgiu a necessidade de pensar em um imunizante que “afete a capacidade do vírus de infectar”.


Com o mundo longe do cenário de proteção ideal ao vírus, os cientistas passaram a trabalhar na composição de uma resposta que desarme a capacidade da proteína spike de se acoplar e permitir a entrada do coronavírus nas células. Para isso, a pesquisa construiu plasmídeos geneticamente alterados para serem compostos por pedaços de materiais genéticos destinados especificamente para atingir uma vulnerabilidade da proteína S.


Os plasmídeos contêm imunógenos com moléculas do DNA cromossômico que fazem com que os linfócitos B criem anticorpos. Esse início da produção de anticorpos só foi possível porque os pesquisadores clonaram os aminoácidos da proteína spike e os colocaram no DNA cromossômico dos plasmídeos.


Assim, ao receber essa composição, o organismo entende que é um vírus e começa a produzir os anticorpos que travarão o futuro vírus no momento em que a proteína spike tentar a conexão do coronavírus com a célula — que agora estará imunizada com um anticorpo que fará papel de porteiro, que não permitirá, dessa vez, a entrada do Sars-CoV-2.


O DNA adulterado foi injetado no baço de camundongos, que foram expostos ao vírus da cepa Beta, Delta e Omicron. De acordo com os pesquisadores, “a resposta imune era semelhante em todas as variantes”.


Agora, o desafio é trazer essa nova forma de composição no formato de uma vacina. “Será uma batalha difícil. Há muito investimento nas abordagens atuais (com animais) e é um salto considerável de estudos com ratos para ensaios clínicos em humanos”, diz Zanetti.


No entanto, o grupo de pesquisadores já estudam possibilidades de entrega do imunizantes. De acordo com os cientistas, a formulação poderá está em cápsulas e até mesmo ser inalada.


“O DNA é muito estável. As novas ideias para entrega incluem uma pílula que sobrevive ao sistema digestivo e libera o DNA plasmidial para ser captado pelos linfócitos B que parecem possuir uma propriedade ancestral de captar o DNA plasmidial”, detalha Zanetti.


“Alternativamente, o DNA pode ser formulado para distribuição nas vias aéreas superiores por formulação adequada para inalação. Muitos outros pesquisadores e eu investigamos e perseguimos essa ideia básica antes de outras maneiras com imunizantes para outras doenças. É hora de tentar com covid”, acrescenta.
Por: Talita de Souza - Correio Braziliense

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