Desde o fim de semana, o filme "Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola", produzido e estrelado por Danilo Gentili baseado em um livro de sua autoria, vem sendo alvo de uma campanha nas redes sociais lideradas pelos auto-proclamados "conservadores", que reclamam de uma cena envolvendo o personagem interpretado por Fabio Porchat.
Na manhã desta terça-feira (15), o Ministério da Justiça baixou uma determinação para as empresas de streaming retirarem o longa-metragem de seus catálogos, sob pena de R$ 50 mil por dia. Durante a tarde, Globoplay e Telecine se manifestaram a respeito do caso.
Em comunicado enviado para a coluna de Monica Bergamo, do jornal "Folha de São Paulo", as duas empresas se recusaram a cumprir a decisão e alegaram censura do órgão governamental. Elas dizem estar "às críticas de indivíduos e famílias que consideraram inadequados ou de mau gosto trechos" do filme, mas entendem que "a decisão administrativa do ministério da Justiça de mandar suspender a sua disponibilização é censura. A decisão ofende o princípio da liberdade de expressão, é inconstitucional e, portanto, não pode ser cumprida".
Gentili e Porchat defendem cena
Mais cedo, Gentili e Porchat defenderam a cena em questão: "Então essa cena é exatamente sobre isso, uma pessoa que se apresenta como uma autoridade, pedindo coisas abjetas e absurdas para os alunos que não obedecem. Então, em momento algum, o filme faz uma apologia à pedofilia, o filme vilaniza a pedofilia", disse ele ao Morning Show, da Jovem Pan.
À coluna de Leo Dias, do portal Metrópoles, Fábio também quebrou o silêncio sobre a polêmica: “Vamos lá: como funciona um filme de ficção? Alguém escreve um roteiro e pessoas são contratadas para atuarem nesse filme. Geralmente o filme tem o mocinho e o vilão. O vilão é um personagem mau. Que faz coisas horríveis. O vilão pode ser um nazista, um racista, um pedófilo, um agressor, pode matar e torturar pessoas”.
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