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Política:“Eduardo Campos poderá ser aliado”, declara Sérgio Guerra.

Entrevista: Sérgio Guerra - Presidente nacional do PSDB
Manoel Guimarães
Reeleito para mais dois anos como presidente nacional do PSDB, o deputado federal Sérgio Guerra defende a bandeira da união no partido. Nessa entrevista exclusiva à Folha de Pernambuco, concedida ontem, o tucano desmente um racha no partido, especulado após o ex-governador José Serra (SP) ter pleiteado um cargo na executiva para se viabilizar como presidenciável pela terceira vez, em 2014. Abrigado no Conselho Político, o paulista ficou “muito mais inserido no partido”, segundo Guerra. Porém, o dirigente admite que o senador Aécio Neves (MG) tem mais condições de disputar a Presidência da República, mas ressalta que esse assunto será tratado pela próxima executiva, da qual não fará parte. “Não é meu desejo, já dei a contribuição que tinha que dar”, declara.

Sobre a relação do PSDB com o governador Eduardo Campos (PSB), Guerra aponta que sua intenção é trabalhar pelo Estado. “Eduardo não é nosso adversário, mas alguém que um dia poderá ser nosso aliado”, define.
TUCANO afirmou que sua meta é trabalhar pelo Estado
TUCANO afirmou que sua meta é trabalhar pelo Estado
O senhor foi reeleito para a presidência nacional do PSDB. No entanto, o período antes da convenção foi conturbado e evidenciou um racha no partido. De que maneira a situação foi contornada?
Ao longo de todo esse período, especulou-se muito sobre divisões no PSDB, um assunto que nunca sai dos jornais. Essas divisões de fato existem, mas não têm a gravidade nem a frequência que a Imprensa publica. Essa divisão não se consumou nessa eleição. Nunca se formou outra chapa. Se era para ter disputa, necessariamente teria que haver mais de uma chapa para ser votada na convenção, e não houve. Fazer a executiva do partido não foi matéria ampla de discórdia. O critério foi botar gente que tivesse competência, experiência e dedicação.

Foi noticiado que o ex-governador José Serra queria uma vaga no ITV, que acabou indo para o ex-senador Tasso Jereissati. Como foi a costura?
Os objetivos do Serra nunca foram formulados por ele. Em nenhum momento ele disse que era candidato a qualquer coisa. Há uma semana, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, falou comigo e com o senador Aécio Neves sobre a ideia de ocupar a secretaria-geral do partido com Alberto Goldman, que é nosso vice-presidente, e Serra ir para o ITV. Mas já havia um convite feito ao Tasso, que tem muito nome, já presidiu o partido duas vezes e foi pré-candidato à Presidência da República.
Mas Serra já tinha sido sondado e recusou antes o ITV...
Há quatro meses, o Serra disse aos jornais brasileiros que não desejava o ITV. Só na última semana ele admitiu que poderia ser presidente do ITV. Não havia mais tempo, as coisas já estavam estruturadas, e foi mais conveniente a solução encontrada. Serra ficou muito mais inserido no partido, porque vai presidir o Conselho Político.
Na convenção, quando questionado sobre o funcionamento do Conselho Político, Serra falou para perguntar ao senhor. En­tão, como funcionará esse órgão?
O Conselho, instado pela executiva nacional, vai decidir sobre temas centrais, como coligações nacionais, fusões ou incorporações. E como será o processo de escolha do (candidato a) presidente da República. Essas questões são próprias e só serão deliberadas pelo Conselho, provocado pela executiva nacional. O Conselho terá muita força, porque essas matérias centralizam a discussão mais ampla do PSDB.
Então todas as arestas foram aparadas?
Eu diria que sim, porque as coisas são publicitadas. Não sei como são as disputas do PT, mas não são também harmoniosas. Eles estão mais avançados do que nós, porque têm uma certa noção de processo. Eles têm instâncias para resolver as questões deles, e nós não temos. Esse tipo de definição termina se dando pela convenção e na convenção. Tem que planejar para que não seja assim.
A convenção favoreceu o senador Aécio Neves, tido como candidato natural para 2014?
Aécio tem uma grande chance de ser o nosso candidato, mas esse é um assunto precoce e que essa executiva nem vai cuidar. Em dois anos será eleita outra executiva, que irá estruturar a escolha dos candidatos. Não essa de agora.
Isso se a atual não for prolongada, como ocorreu no passado...
Provavelmente não será, e não é o meu desejo. Para mim, já dei a contribuição que tinha que dar.
Então essa executiva é voltada para as eleições de 2012. O que o PSDB pretende fazer no ano que vem, que não fez em 2008?
Estamos atrasados com relação ao ponto específico da eleição municipal. Mas há tempo para recuperar a posição que não desenvolvemos até agora. Não vamos cuidar só da eleição de 2012. Há um ponto central para os próximos dois anos: refazer e reestruturar nossa política de marketing. Nós fizemos programas sociais, mas não fixamos a imagem do que fizemos. O PT desenvolveu os programas sociais que foram começados por nós, mas fixou fortemente os programas sociais que liderou. Vamos investir bastante em pesquisas e na organização de uma estrutura de comando do marketing do PSDB de uma maneira geral. Hoje há uma inversão total de valores, com marqueteiros orientando políticos. Políticos é que devem orientar marqueteiros, e isso vai acontecer.
Sobre marketing, como livrar o estigma de partido privatizante colocado para o PSDB?
Essa campanha de PSDB privatizante é uma safadeza. Todas as forças políticas do Brasil defendem programas de privatização. Semana passada, o Governo, para enfrentar o problema da desordem e da incapacidade gerencial, anunciou que vai fazer privatizações em larga escala nos aeroportos do Brasil. Então, não cabe mais essa discussão. O PT tem essa técnica de carimbar as pessoas. O que o PT tem que resolver é o que vai fazer dos Paloccis e do Paloccismo que tá espalhado no PT.
O PSDB comanda cerca de 800 prefeituras, sendo quatro capitais. Há alguma meta estipulada para 2012?
Ainda não, mas teremos. Temos que fazer uma avaliação primeiro da posição em que estamos e como estão os prefeitos. Vamos dar prioridade às eleições nas cidades de mais de 200 mil habitantes ou naquelas que influenciam áreas mais amplas. Há uma seleção de 226 cidades assim, que serão o foco do nosso trabalho.
O Recife, naturalmente, está incluído nessa lista. Como estão as discussões sobre candidatos na Capital pernambucana?
A tendência é que a gente tenha candidato.
Então o PSDB não deve mais apoiar o ex-deputado Raul Jungmann (PPS) para prefeito?
Essa é uma questão para discutir com Raul e outras pessoas. Raul tem muita identidade conosco, mas a gente não resolveu isso, ainda. Nem tenho certeza de quais serão os desdobramentos do nosso campo com o PPS. Estamos trabalhando nisso.
Foi especulado que após sua reeleição, o PSDB iria para a base aliada do governador Eduardo Campos. Essa adesão ocorrerá?
Fui acusado de não aderir à campanha de Jarbas Vasconcelos (PMDB) ao Governo. Diziam que eu estava fazendo a campanha de Eduardo, porque já estaria entendido com ele para participar do governo. Não estava entendido com Eduardo para participar de governo nenhum. Nunca conversei com ele sobre isso. Agora, não sou nem serei contra a verdade e contra os fatos, nem tampouco inimigo de Eduardo Campos. Não atuo com Eduardo senão como amigo de muito tempo, e com quem tenho relações que vão além da política.
Qual é sua avaliação sobre o governo de Edu­ar­do Campos?
Pernambuco vai bem. É absoluta falta de bom senso dizer o contrário. O Estado teve muitas conquistas. A aliança de Eduardo com o PT trouxe grandes resultados para Pernambuco. Só um babaca vai dizer o contrário. Mas se, de um lado Eduardo conseguiu uma aliança que deu resultados com Lula, os dois Joões que governaram o Recife não conseguiram nada. O Estado tem andado para a frente e a cidade tem andado para trás. Nossa prioridade não é discutir aliança com Eduardo, é ajudar para o Recife se livrar de vez do populismo e da conversa desses petistas, que, além de fazerem muita coisa errada, muitas vezes não prestam contas.
Essa aproximação po­de render uma aliança entre PSDB e PSB?
O PSB é nosso aliado em Minas Gerais, Paraná, Paraíba e Alagoas. Não haveria questão partidária que nos impedisse de fazer uma aliança com Eduardo. Mas ele tem uma base muito ampla, que incorpora vários partidos, entre eles o PT. Sempre teremos foco nos interesses do Estado. Não vamos nos negar a contribuir com Eduardo, mas não do ponto de vista administrativo. Agora, nem sempre as alianças do PSB são compatíveis com quem a gente vai trabalhar. Não tratamos Eduardo como nosso adversário, mas como alguém que um dia poderá ser nosso aliado.
Adversário do PSDB é só o PT?
Vamos procurar quaisquer alianças, menos o PT, que é nosso adversário. Se você olhar, nas votações do Congresso, mesmo com uma maioria formidável, já isolaram o PT. E se a presidente Dilma Rousseff (PT) continuar na marcha que vai, terminará falando sozinha.
folhape

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