Superfungo
Pernambuco registra mais três casos de ''superfungo'' em hospital
As três pacientes infectadas tinham 75, 77 e 44 anos e morreram em decorrência de outras doenças, segundo a Secretaria de Saúde
Por: Adelmo Lucena
Para evitar novas infecções, o Hospital Getúlio Vargas intensificou, desde o último sábado (24), a execução de protocolos de segurança (Foto: Reprodução/SES)
Três mulheres internadas no Hospital Getúlio Vargas (HGV), no Recife, tiveram diagnóstico de infecção pelo fungo Candida auris, mais conhecido como “superfungo”.
As trêss pacientes, de 77, 75 e 44 anos de idade, tiveram as confirmações no último sábado (24) e na última segunda-feira (26).
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), as mulheres “vieram a óbito por complicações relacionadas a outras doenças de base, e não por Candida auris”.
O fungo é capaz de causar infecção na corrente sanguínea, fazendo com que novas infecções no paciente sejam fatais, principalmente se eles forem imunocomprometidos ou possuírem comorbidades.
Na maioria das vezes, as pessoas que contraem este fungo já possuem outras doenças e há uma certa dificuldade para identificar a infecção pelo Candida auris. O “superfungo” consegue sobreviver a temperaturas elevadas de 37ºC a 42ºC e sobrevive em diversos ambientes por longos períodos.
Para evitar novas infecções, o Hospital Getúlio Vargas intensificou, desde o último sábado (24), a execução de protocolos de segurança, reforçando a limpeza e isolamento da área em que duas pacientes estavam internadas. As medidas seguem as determinações da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).
A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) vem dando todo apoio técnico ao HGV, realizando o monitoramento e reforçando as medidas sanitárias necessárias.
Outras 13 pessoas que estiveram no mesmo ambiente de pacientes diagnosticadas com o fungo tiveram o material biológico coletado. As amostras foram encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen/PE), onde estão sendo realizados exames de testagem.
Surto de Candida auris atingiu Pernambuco em 2023
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O “superfungo” sobrevive em superfícies e a infecção se dá pelo contato com o objeto. O fungo é capaz de criar uma camada protetora resistente a fluconazol, à anfotericina B e ao equinocandina, três dos principais compostos antifúngicos.
Os pacientes infectados desenvolvem sintomas como febre, tontura, alteração da pressão arterial, dificuldade para respirar e aceleração do ritmo cardíaco. Os sintomas tendem a melhorar com antibióticos para uma suspeita de infecção bacteriana.
A prevenção deste fungo é feita em colaboração de profissionais de saúde, familiares e pessoas próximas de pacientes infectados. Entre as medidas estão a higienização das mãos com água e sabão, o uso de aventais, luvas e limpeza dos quartos dos pacientes.
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