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Tipo sanguíneo pode influenciar risco de AVC precoce, aponta estudo

Um novo estudo genético identificou uma associação entre o tipo sanguíneo A e o risco aumentado de AVC precoce. Embora o risco adicional seja pequeno, a descoberta levanta novas questões sobre a influência dos fatores sanguíneos na saúde vascular de pessoas com menos de 60 anos


© Shutterstock

29/06/2025 06:20 ‧ há 1 dia por Notícias ao Minuto


Lifestyle

Saúde



Um estudo publicado na revista Neurology revelou que pessoas com um tipo específico de sangue do grupo A têm maior probabilidade de sofrer um AVC antes dos 60 anos.


Você provavelmente já ouviu falar dos tipos sanguíneos A, B, AB e O, que se referem a diferentes antígenos — marcadores químicos presentes na superfície dos glóbulos vermelhos. Mas mesmo dentro desses grupos, existem variações genéticas mais sutis que podem impactar a saúde de formas inesperadas.

A pesquisa analisou dados genéticos de 48 estudos, reunindo informações de cerca de 17 mil pacientes que sofreram AVC e quase 600 mil pessoas sem histórico da doença. Todos os participantes tinham entre 18 e 59 anos.

Os cientistas identificaram uma relação clara entre o gene ligado ao subgrupo A1 e o risco aumentado de AVC de início precoce. Uma varredura completa do genoma revelou dois pontos fortemente associados ao risco, sendo um deles justamente o local onde se localizam os genes do tipo sanguíneo.

Na comparação entre variações genéticas, os pesquisadores observaram que indivíduos com o gene do tipo A apresentavam 16% mais chance de sofrer um AVC antes dos 60 anos do que pessoas com outros tipos sanguíneos. Por outro lado, quem possuía o gene O1 apresentava um risco 12% menor.

Apesar disso, os cientistas destacam que o risco adicional para quem tem sangue tipo A é considerado pequeno e não justifica a realização de exames específicos ou triagens preventivas com base apenas nesse fator.

“Não sabemos exatamente por que o sangue tipo A aumenta esse risco, mas é provável que esteja relacionado a fatores de coagulação, como plaquetas, células que revestem os vasos sanguíneos e outras proteínas circulantes envolvidas na formação de coágulos”, explicou o neurologista vascular Steven Kittner, da Universidade de Maryland, autor principal do estudo.

A jornalista científica Felicity Nelson, em entrevista ao portal ScienceAlert, reforçou que, embora os resultados possam parecer alarmantes, eles precisam ser interpretados com cautela. “Nos Estados Unidos, quase 800 mil pessoas sofrem um AVC por ano. Cerca de 75% desses casos ocorrem em pessoas com mais de 65 anos, com o risco dobrando a cada década após os 55”, destacou.

Outro ponto importante: a maioria dos participantes do estudo era de ascendência europeia e vivia na América do Norte, Europa, Japão, Paquistão ou Austrália. Apenas 35% pertenciam a outros grupos étnicos. Estudos futuros com populações mais diversas podem ajudar a esclarecer o real impacto dessas descobertas.

“É evidente que ainda precisamos de mais pesquisas para entender melhor os mecanismos que aumentam o risco de AVC”, concluiu Steven Kittner.

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