Pelo menos oito sindicatos devem marcar presença no ato unificado
Por: Adelmo Lucena
O ato é promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) (Foto: Rômulo Chico/Arquivo DP)
Servidores do estado de Pernambuco irão se reunir para participar de um ato unificado nesta quarta-feira (17), às 9h, na Assembleia Legislativa de Pernambuco, no bairro Boa Vista, no Recife. A manifestação deve reunir integrantes de pelo menos oito sindicatos, que seguirão até o Palácio do Governo, no bairro de Santo Antônio.
O ato é promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), que exige salários mais justos para os servidores do estado e luta em defesa do Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Pernambuco (Sassepe).
O Sassepe é voltado para a prestação de serviços de assistência à saúde aos servidores públicos estaduais e aos seus dependentes. O sistema realiza ações de medicina preventiva e curativa, ambulatorial e hospitalar, através de entidades, profissionais e hospitais credenciados e através de sua rede própria (HSE e treze Unidades Regionais).
De acordo com o presidente da CUT, Paulo Rocha, de 62 anos, o Sassepe está em uma situação “delicada”.
"A realidade é que a gente tem visto pessoas sendo atendidas com um tratamento prejudicado, doenças se agravando e mortes aumentando. A gente paga o valor do Sassepe religiosamente e no final do ano passado a gente aumentou a nossa contribuição. É verdade que o governo aumentou também, mas o peso que nós tivemos foi maior porque nós tivemos aumento de contribuição sem aumento salarial, ou seja, a gente reduziu a nossa remuneração”, relata.
Em dezembro de 2023, o Governo do Estado destinou R$ 30 milhões para o Sassepe. O valor faz parte de um aporte total de R$ 250 milhões para quitar débitos anteriores. O governo também apresentou à Alepe propostas que previam o reajuste em 39% dos repasses feitos mensalmente, passando de R$ 13,3 milhões para R$ 18,5 milhões.
Outra pauta que será levada para as ruas pelos servidores é o congelamento do salário, que não é reajustado há anos.
“A gente passou um bom tempo de salário congelado nos governos anteriores. Em 2022 nós tivemos um reajuste, já em 2023, o Governo do Estado não deu reajuste e aponta para congelar o salário também em 2024, pelo que apresentou no ano passado nas mesmas negociações”, disse o diretor da CUT.
Para os representantes dos servidores, falta um diálogo construtivo do governo sobre as demandas das categorias. Segundo Paulo Rocha, a gestão atual realiza reuniões, mas nenhum acordo é fechado por conta da insatisfação da categoria com as propostas.
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