Foto: Divulgação.
Por: Dayane Gomes
O terceiro caso deste ano em Pernambuco do superfungo Candida auris foi confirmado nesta segunda-feira (22) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE). O paciente é outro homem, desta vez de 66 anos, e está internado em um hospital particular do Recife, cujo nome não foi divulgado. Na sexta-feira (19), os dois primeiros casos de 2023 foram confirmados no estado. Homens de 48 e 77 anos, internados no hospital Miguel Arraes, em Paulista. A unidade está em interdição pela regulação da pasta e não pode receber novos pacientes até exames provarem a descontaminação. O Tricentenário está apenas com uma ala interditada.
O diagnóstico do terceiro contaminado só foi confirmado após análise laboratorial. A divulgação foi dada pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) um dia após o anúncio de que o Hospital Miguel Arraes havia sido fechado para pacientes novos. A unidade de saúde está atendendo apenas casos de urgência. Os demais que chegam estão sendo encaminhados para outras unidades da Região Metropolitana do Recife.
A SES-PE ainda informou que o monitoramento do Candida auris segue em todo o Estado de forma articulada e que ações estão sendo feitas para controlar a propagação do fungo. Além de que as investigações para saber a origem dos casos seguem em andamento.
GRAVE
O Candida auris é de difícil diagnóstico e recebeu o nome de superfungo por ser resistente a praticamente todos os medicamentos. Sem um protocolo específico, ele pode ser confundido com vários outros tipos comuns. O fungo pode causar doenças em pessoas que possuem a imunidade mais comprometida e estão internadas no hospital por muito tempo.
O superfungo pode causar infecções invasivas, graves e associadas à alta mortalidade, podendo apresentar características de multirresistência e levar à ocorrência de surtos em serviços de saúde.
No Brasil, o primeiro caso foi identificado em 2020, em um paciente que estava internado em uma unidade de saúde em Salvador, na Bahia, tendo existido desde então relato de novos casos. Em Pernambuco, os dois primeiros casos do superfungo foram oficializados em janeiro de 2022, em uma mulher de 70 anos, e um homem, de 67. Ambos estavam internados no Hospital da Restauração. A mulher morreu. Sete meses depois, a SES-PE informou que 48 pacientes foram infectados pelo fungo.
0 Comentários
Facebook.com/akiagoraEventos