Poucas doses vieram, pois o público-alvo é muito restrito, seguindo orientações do Ministério da Saúde. (DIVULGAÇÃO)
A partir desta terça-feira (21), a Prefeitura do Recife começa a vacinação contra a Mpox, doença varíola causada pelo vírus monkeypox, antes chamado de "varíola dos macacos" (nomenclatura mudou, a pedido da Organização Mundial de Saúde, no fim do ano passado). Conforme definição do Ministério da Saúde, ao menos nesta primeira fase da campanha, receberão o imunizante apenas as pessoas que vivem com HIV/Aids (apenas os que estão imunidade muito baixa) e os profissionais de laboratórios que atuam em locais de exposição ao vírus, pessoas mais expostas à doença, cujo surto iniciado na Europa, no ano passado, assustou o mundo.
A estratégia de vacinação tem como objetivo principal a proteção dos indivíduos com maior risco de evolução para as formas graves da doença, dentro do atual contexto de transmissão observado no Brasil. A vacina utilizada será a MVA-BN Jynneos Mpox, aprovada de forma emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A imunização será realizada em duas doses, com 4 semanas (28 dias) de intervalo entre elas.
Para facilitar a imunização dos públicos-alvo, que é pequeno, os profissionais da Secretaria de Saúde do Recife vão realizar a busca ativa dos moradores da capital que atendem aos critérios elegíveis e realizam tratamentos nos dois Serviços de Atenção Especializada (SAE) da cidade.
Conforme definição do Ministério da Saúde, nesta primeira fase serão contemplados com a vacinação pré-exposição ao vírus: homens e travestis, a partir de 18, anos que vivem com HIV/Aids e têm status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses; profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3) e que tenham entre 18 e 49 anos.
Já no grupo de pós-exposição ao vírus, poderão receber o imunizante os indivíduos entre 18 e 49 anos que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas com suspeita ou confirmação de mpox.
A capital pernambucana confirmou, entre 11 de julho de 2022 e 13 de março de 2023, 212 casos de mpox. Não houve mortes. No Brasil, 13 pessoas morreram, desde 2022.
Os sintomas de mpox, geralmente, começam a aparecer três semanas após a contaminação com o vírus. As feridas da doença podem se espalhar por todo o corpo (rosto, dentro da boca, braços, pernas, peito, genitais ou ânus). As lesões passam por diversos estágios, mas, na fase inicial, se assemelham a espinhas. Outros sintomas podem surgir, como forte dor de cabeça, caroço em região de pescoço e virilha, dores nas costas, dores musculares, falta de energia e calafrios. A doença tem período limitado e determinado, com duração, normalmente, de duas a quatro semanas.
Confira abaixo quem pode tomar a vacina contra mpox:
VACINAÇÃO PRÉ-EXPOSIÇÃO: Homens, pessoas transexuais e travestis a partir de 18 anos vivendo com HIV/aids (PVHA) com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses. Profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3) e que tenham entre 18 e 49 anos.
VACINAÇÃO PÓS-EXPOSIÇÃO: Pessoas, entre 18 e 49 anos, que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco.
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