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Greve: Após paralisação, servidores do BC fazem carta a Bolsonaro solicitando reajuste


Após a paralisação dos servidores na última quinta-feira (10), os servidores públicos do Banco Central (BC), com estimativa de mais de 60% de adesão dos servidores, fizeram uma carta solicitando ao presidente Jair Bolsonaro (PL) o reajuste salarial não só para os policiais federais, mas também para analistas e técnicos do banco (além de outras demandas sem impacto financeiro).

O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) descreveu que há vários prejuízos causados, como:
1) Dezenas de reuniões internas e com integrantes do sistema financeiro nacional foram adiadas ou canceladas;

2) A distribuição de cédulas no Rio de Janeiro foi afetada;

3) Foi paralisado o monitoramento de ataques de varredura de chaves no Pix durante a mobilização, bem como houve a indisponibilidade dos "plantonistas" responsáveis por adotar ações que pudessem conter os ataques tempestivamente;

4) Houve atraso no atendimento das demandas dos participantes do Pix, com informação da paralisação via caixas corporativas.

O Sinal informou ainda que, “infelizmente, a reunião que já havia sido acertada com o Presidente do BC, Roberto Campos Neto, entre 7 e 11/3, foi desmarcada sem motivos”. “As recentes declarações do presidente Bolsonaro, pedindo "compreensão," aos servidores que não são da segurança pública federal, sugerem que o reajuste será dado somente para os policiais federais e outros servidores de segurança, excluindo os servidores do BC.”

Confira carta na íntegra:

Senhor Presidente,

Preliminarmente, registramos nosso reconhecimento de que foi em seu governo que a Autonomia do Banco Central do Brasil finalmente virou realidade. Contudo, ela só terá plena eficácia se houver também a ampla valorização dos servidores da Autarquia.

Após solicitar diversas vezes reunião com os representantes do Ministério da Economia para negociações, sem sucesso (Ofícios SINAL/NAC 032/2021, 034/2021, 045/2021, 053/2021 e 003/2022), dirigimo-nos diretamente a V. Exª para tentar abrir um canal de diálogo a respeito da nossa Pauta Salarial e Não Salarial 2022.
Exmº Sr. Presidente, como é comum dizer no meio militar (do qual o sr. veio), o moral das tropas no Banco Central está baixo! Pois, diferente do que foi concedido aos militares e do que sabemos que será concedido aos policiais federais, policiais rodoviários federais e servidores do Depen, os servidores do BC não tiveram nenhum reajuste salarial nos últimos 3 anos.

Como V. Exª mesmo afirmou no dia 18/2/2022, ao canal de TV Jovem Pan News, o Banco Central do Brasil é um órgão não aparelhado politicamente, presta um bom serviço ao país, elaborou o Pix e outros bons projetos etc. Ou seja, V. Exª mesmo acentuou as altíssimas qualidades do BC e de seus integrantes. Contudo, os servidores do BC não têm previsão de reajuste salarial, e isso é um grave erro!

Por isso, o Sinal - Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, solicita a V. Exª que os Analistas e Técnicos do BC recebam o mesmo reajuste salarial que será dado aos servidores da segurança pública federal, como forma de reconhecimento justo e merecido a profissionais de alta qualificação e enorme competência e responsabilidade, os quais colaboram diariamente para que o BC seja uma das organizações públicas de maior produtividade e relevância do Brasil.

Se a motivação alegada contra o reajuste é a de que a situação da Economia não permite gastos do tipo, a nossa resposta é a de que é exatamente para apoiar ainda mais a economia brasileira que os servidores do BC devem ser valorizados. O BC é o guardião da moeda, o supervisor e regulador do SFN, o criador do Pix e de diversos outros Projetos, entre outras funções de extrema relevância para a manutenção e o desenvolvimento econômico do nosso país. Ou seja, valorizar os servidores do BC é valorizar também a instituição Banco Central e a economia brasileira como um todo.
O reajuste para os servidores do BC não impactaria o equilíbrio fiscal brasileiro, pois o número de servidores é pequeno em relação ao total. Mas o custo de transformar o BC em um “centro de treinamento de luxo”, no qual seus servidores, desmotivados, acabassem por passar em outros concursos públicos ou buscar oportunidades na iniciativa privada e em órgãos internacionais, seria significativamente alto. Seria o famoso risco de RH, sobre o qual o Sinal já alertou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, nas últimas duas reuniões havidas com ele em 2022.

Por isso, reiteramos a solicitação de uma reunião o mais breve possível com V. Exª ou com um dos seus Ministros de Estado para negociarmos a nossa Pauta Salarial e Não Salarial 2022.


Atenciosamente,


Fábio Faiad

Presidente do Sinal Nacional

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