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Eleições em Portugal: Vitória socialista com maioria absoluta

Com ampla vantagem sobre o Partido Social Democrata (PSD), o primeiro-ministro socialista português António Costa venceu as legislativas e, mesmo sem o apoio dos tradicionais aliados de esquerda, obteve a maioria absoluta no Parlamento. As eleições, antecipadas em dois anos depois que o orçamento de 2022 foi reprovado, registraram o avanço da extrema-direita: o Chega pulou de uma cadeira, em 2019, para atuais 11, tornando-se a terceira força política de Portugal.

No discurso da vitória, António Costa pregou a unidade política. “Uma maioria absoluta não é um governo absoluto, não é governar sozinho. É governar com e para todos os portugueses. Essa maioria será de diálogo, com todas as forças políticas que representam os portugueses na Assembleia da República.” O primeiro-ministro mandou um recado aos ex-aliados: “Os portugueses mostraram um cartão vermelho para qualquer crise política”.

Até a véspera da votação, as pesquisas indicavam empate técnico entre o PS e o PSD. Porém, ao contrário do que previam as estimativas, o partido de Rui Rio elegeu um número significativamente menor. Pouco antes da 1h de hoje (horário local), a agremiação havia conquistado 71 assentos (27,8%), contra os 117 (41,68%) obtidos pelos socialistas.

"Castigo"
O desempenho inexpressivo do Bloco de Esquerdas (três cadeiras) e dos comunistas (quatro, na coligação com os verdes) foi, segundo a imprensa portuguesa, um “castigo” imposto pelos eleitores às agremiações, por terem rejeitado a proposta orçamentária em outubro, deixando os socialistas isolados. Nem a alta nos casos de Covid afastou os portugueses das urnas: com 42% de abstenção, foi a eleição com maior participação do eleitorado, desde 2005.

“Nós ficamos com o resultado eleitoral substancialmente abaixo daquilo que pensávamos que íamos ter”, admitiu Rui Rios, no discurso em que admitiu a derrota. Mais tarde, disse que “iremos ver se o PS vai negociar, mesmo com maioria absoluta”. Questionado sobre a permanência na liderança do partido, se recusou a dizer se abrirá mão do posto. Segundo ele, a decisão é da agremiação. Rios, porém, acenou com a saída. “Não sou de dramas, já disse que sou o primeiro a não conseguir argumentar em que é que posso ser útil”, disse o líder da centro-direita aos jornalistas.

Coordenadora nacional do Bloco de Esquerdas, a deputada Catarina Martins afirmou, em uma entrevista coletiva, que a derrota pode ser atribuída a uma suposta estratégia do PS de “criar uma crise artificial” para conseguir maioria absoluta. “Foi uma campanha muito difícil, com uma bipolarização falsa e uma enorme pressão do voto útil, que penalizou os partidos à esquerda”, disse.

Questionada se o bloco estaria arrependido de votar contra o orçamento apresentado por António Costa no ano passado, a parlamentar disse que “os partidos não podem mudar de convicção como quem muda de camisa por causa de resultados eleitorais”. Com a maioria, porém, o primeiro-ministro não dependerá dos votos dos antigos aliados para aprovar a proposta. Catarina Martins também comentou o avanço da extrema-direita: “Cada deputado racista eleito no Parlamento português é um deputado racista a mais, e aqui estaremos para combatê-los todos os dias”.

De origem indiana, António Costa, advogado de 60 anos, viu seu mandato em jogo no fim do ano passado, com a retirada do apoio de seus aliados. Foi graças ao pacto inédito com a esquerda radical e os comunistas que o ex-prefeito de Lisboa chegou ao poder em 2015, após eleições que tinha perdido. Porém, mesmo garantindo que não vai governar sozinho, jamais escondeu o descontentamento em ter de costurar alianças.

Bastante popular, ele aproveitou a recuperação econômica para eliminar as medidas de austeridade implementadas pela direita e continuou saneando as contas públicas para ajustá-las às normas orçamentárias europeias. Em seguida, venceu as legislativas de outubro de 2019 sem dispor de maioria absoluta. Mas não quis renovar a aliança com seus apoiadores da esquerda radical, que acabaram abandonando-o durante as negociações sobre o orçamento de 2022. "António Costa é um político muito experiente e ambicioso. Em certos contextos são qualidades, em outros podem ser vistos como um defeito", define o cientista político José Santana Pereira, da Universidade de Lisboa.

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DP

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