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Correios precisa de 20 mil servidores; concurso é aguardado para 2019



Com uma defasagem que já atinge mais de 20 mil postos vagos, os Correios (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) precisa urgentemente realizar um novo concurso em 2019. Se isto não acontecer, há grandes chandes de a empresa entrar em colapso e as entregas serem interrompidas, ainda mais porque a previsão é de muitas aposentadorias nos próximos meses, o que agravará a carência de profissionais.

Como os Correios é uma empresa pública federal, não fazendo parte dos órgãos do Poder Executivo, ela não depende necessariamente de uma autorização por parte do Governo para realizar concursos, mas ao menos de um aceno sobre as possibilidades orçamentárias para a contratação dos aprovados. E os sindicatos das categorias têm cobrado esse aval com veemência.

No final de junho de 2018, a FENTECT (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares) participou de audiência pública realizada na Câmara dos Deputados para debater a demissão de funcionários e o fechamento das agências da ECT. O representante da Federação reafirmou a defesa da manutenção de um Correios com gestão pública e lembrou que está em curso na empresa o sucateamento, que ameaça a prestação dos serviços principalmente em cidades menores. “O que se subentende da direção dos Correios é que, se a agência de uma determinada cidade não dá lucros, então sua população não merece ter acesso aos seus serviços”, disse.

Ainda segundo o sindicato, está previsto o fechamento de mais de 500 agências em todo o território nacional, medida que gera uma sobrecarga maior de trabalho aos atuais servidores. Tanto é que, em março de 2018, eles anunciaram greve por tempo indeterminado. De acordo com a FENTECT, a mobilização se deu em favor da contratação de novos funcionários via concurso público, a segurança nos Correios e o fim dos planos de demissão.

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