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Rodoviária do Recife em decadência.

Situação é precarária desde o acesso até as instalações do terminal de passageiros, que tem quase 25 anos de uso.


                  / Foto: Hélia Scheppa / JC Imagem

Uma estrada com 800 metros de extensão, cheia de buracos, rachaduras e poças d’água, leva ao Terminal Integrado de Passageiros (TIP), no Curado, bairro da Zona Sul do Recife. A sinalização pintada na pista está apagada, quase não existe acostamento e não há placas indicativas da estação onde operam linhas de ônibus intermunicipais e interestaduais. O TIP fica a 16 quilômetros do Centro da capital pernambucana.
"É um abuso completo, os buracos acabam com pneus, suspensão e caixa de direção dos carros", diz o gerente de banco aposentado Antônio Nunes Batista. Ele costuma levar parentes até a rodoviária e informa que os problemas aumentam dia a dia. "Não apenas a estrada é ruim, sempre encontramos dificuldades para estacionar no terminal, tanto no embarque quanto no desembarque".
De acordo com Antônio Nunes, as vagas deveriam ser usadas de forma rotativa por veículos que transportam passageiros. No entanto, sempre estão ocupadas com táxis e carros particulares que passam o dia estacionados no mesmo ponto. "Nem a faixa de pedestre é respeitada. Isso obriga as pessoas a pararem na rampa ou fazer fila tripla", declara.
A situação precária da estrada, por onde trafegam carros, ônibus, caminhões e motos, se estende ao pátio em frente ao terminal. Quem chega à rodoviária se depara com água empoçada, mato crescido, lixo e gradil quebrado. "O TIP está em péssimo estado de conservação, a rodoviária não oferece conforto aos passageiros e é comum subir um mau cheiro horrível de esgoto no prédio", elenca a professora Odineide Cordeiro. Ela viaja ao Sertão do Estado uma vez por semana.
Para o lojista Robson José Gomes de Luna, que vende lanches no TIP há 18 anos, outro ponto fraco é a cobrança de taxa no valor de R$ 2,50 para o passageiro em trânsito tomar banho nos sanitários públicos da rodoviária. "O terminal tem dois pisos, mas só há chuveiro no banheiro masculino do primeiro andar. A pessoa paga uma taxa de embarque cara e não tem direito a banho, como antigamente", diz ele.
O passageiro Severino Marques aponta problemas de vazamento no teto do prédio e, consequentemente, piso molhado no terminal. Ele também chama a atenção para a sujeira e o mau cheiro dos banheiros. "Além disso, quem depende de ônibus para chegar ao TIP sofre com um transporte deficitário. O governo precisa tomar providências", diz.
Inaugurado em outubro de 1986, o TIP é gerenciado desde 2008 pela Socicam, firma privada com sede em São Paulo. A empresa reconhece os problemas e informa que pretende corrigir as falhas existentes no prédio. Mas, não há prazo e recursos definidos. "A manutenção a gente faz diariamente, consertar a infiltração é uma obra e depende de programação orçamentária", afirma Newton Neres Fialho, administrador do TIP há um mês.
Responsável pela conservação do caminho de acesso à rodoviária, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) promete tapar os buracos na próxima semana. Os desníveis no asfalto, conforme engenheiros do DER, são resultantes da chuvas intensas ocorridas no Recife, nos últimos meses. "Não é nosso departamento, mas eu alertei os órgãos competentes sobre o assunto", acrescenta Newton Fialho. O prédio da rodoviária pertence ao governo do Estado e está cedido por 30 anos à Socicam.

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