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Modelo Lea T diz que transexual pode participar da sociedade.

Mas top model, filha do ex-jogador Toninho Cerezo, tem medo de estudar.
Lea T diz que sofreria pressão na faculdade só por ser diferente.


O casamento gay acaba de ser reconhecido, a androginia está mais do que nunca em alta na moda, mas engana-se quem pensa que tais conquistas tornaram a vida de pessoas como a top model transexual Lea T mais fácil e cheia de glamour.
Fotografada por Terry Richardson para a campanha da Blue Man no Posto 9, em Ipanema, no Rio de Janeiro, Lea T afirmou: “para mim, o fundamental não é ser modelo. Já estou com 29 anos e tenho os pés no chão. O importante é passar uma mensagem que não seja só estética mas mostrar que podemos fazer parte da sociedade, que somos parte de um grupo e não podemos viver separadas”.
   Lea T fotografa para grife de biquínis na Praia de Ipanema.  (Foto: Wallace Barbosa / AgNews)
“Fotografar uma campanha com Terry Richardson é o que menos importa. Existem pessoas que merecem mais do que eu, pessoas que querem frequentar uma faculdade, mas têm medo de serem agredidas. Há pouco tempo, em Baltimore, nos Estados Unidos, uma transexual foi espancada por meninas porque entrou no banheiro feminino do Mc Donald’s. Só pararam de bater nela quando teve uma convulsão. Não muito longe daqui, na Paraíba, não faz muito tempo um transexual morreu depois de levar 30 facadas”, desabafa Lea, que diz ter medo de estudar numa faculdade hoje só de pensar na pressão que sofreria por ser diferente.
A filha do ex-jogador Toninho Cerezo assumiu sua sexualidade ao começar a trabalhar como modelo de provas para o estilista Riccardo Tisci, da Givenchy. Ficou famosa ao posar para a campanha da grife. “Eu precisava de dinheiro e o Riccardo me convidou para posar. Disse a ele que faria isso com uma condição. Quero que saibam que sou transexual”, disse Lea, que desfila amanhã às 22h de biquíni na Blue Man, no Fashion Rio.
Indefinição de gênero é um problema
Para Lea T, todo transexual enfrenta o dilema da indefinição de gênero. “É uma questão de identidade. Isso é um problema porque você não vive bem com o seu lado masculino, por isso tenta se voltar para o feminino. Tem que estudar muito, fazer muita terapia. Nós não nos aceitamos como somos embora saibamos no fundo que é só corpo. A esperança é que um dia não exista mais o homem e a mulher, só o ser”, afirma Lea, que recentemente adiou a cirurgia que faria para mudar o sexo para julho.
Lea T (Foto: Wallace Barbosa/AgNews)
“Muita transexual diz: ‘eu sou mulher’. Ela não é mulher, ela é ela e quer ser algo que não é. Quer ser a caricatura de uma mulher. O importante não é ter vagina ou pênis, mas sentir-se bem como você é”, continua Lea, que fez recentemente uma cirurgia para aumentar os seios. “Qualquer coisa que você faça no corpo é um trauma. O corpo é a caixa da alma. Particularmente não gosto do meu pênis, mas estou aprendendo a conviver com ele. Por isso, antes de fazer qualquer cirurgia estou refletindo e amadurecendo a ideia”.
Segundo Lea, hoje, a cirurgia de mudança de sexo é mais branda e menos longa. Leva uma hora e meia e no segundo dia o paciente já levanta e anda. “Roberta Close foi pioneira numa época de muito preconceito. Através do meu trabalho, mostro que cada um tem a sua diferença. O respeito é obrigatório”, afirma a top, que se diz chocada com as agressões que sofre na Internet. “Precisei entender porque isso acontece e vi que elas ocorrem com todo o tipo de diferença, como, por exemplo, com meninas que nasceram siamesas ou bebês que vieram ao mundo com problemas sérios de pele. O ser humano é mau, mas não sou eu que vou mudar isso, cabe a todo mundo”, conclui a top, que fica no Brasil até quinta-feira (2), quando volta a Milão, onde mora com o yorkshire Obi.
g1.globo

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