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Barragem de Jucazinho entra em colapso e opera com apenas 2,5% da capacidade em Pernambuco

Reservatório em Surubim não sangra há mais de uma década e abastece 13 municípios do Agreste, além de reforçar o fornecimento de água para Bezerros e Gravatá.
Por g1 Caruaru


Barragem de Jucazinho está em colapso — Foto: TV Asa Branca

A barragem de Jucazinho, localizada no município de Surubim, no Agreste de Pernambuco, opera em situação crítica. De acordo com dados do sistema de monitoramento da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), divulgados nesta quarta-feira (20), o reservatório está com apenas 2,5% de sua capacidade total, que é de quase 205 milhões de metros cúbicos.

A situação preocupa técnicos e moradores, já que o período chuvoso de 2025 terminou sem recuperação do nível da barragem. Dessa forma, segundo a previsão do monitoramento realizado anualmente, não há possibilidade de aumento do volume da barragem de Jucazinho, em Surubim, nas próximas semanas, sendo necessário aguardar o próximo inverno.

Segundo a Doutora em Recursos Hídricos e Tecnologia Ambiental Niadja Menezes, a barragem tem quase 204 milhões de metros cúbicos. Ela comparou a capacidade de Jucazinho com a capacidade da Barragem do Prata, localizada em Bonito, no Agreste de Pernambuco, que possui 42 milhões de metros cúbicos.

“Quando a gente faz uma comparação com a barragem do Prata, por exemplo, é uma barragem que tem 42 milhões de metros cúbicos. Então, em Jucazinho, cabem cinco barragens do Prata", disse em entrevista a TV Asa Branca.

Cada vez mais as chuvas têm diminuído nessa região chamada de bacia hidrográfica, um dos fatores responsáveis por esse fenômeno são as mudanças climáticas, segundo a doutora.

O colapso de Jucazinho afeta diretamente o abastecimento de água dos munícios que dependem da barragem em algum grau. Segundo a Compesa, 13 munícipios são abastecidos pelo sistema: Surubim, Casinhas, Salgadinho, Frei Miguelinho, Santa Maria do Cambucá, Vertentes, Vertente do Lério, Toritama, Cumaru, Passira, Riacho das Almas, Bezerros e Gravatá.


Barragem de Jucazinho — Foto: TV Asa Branca
O último registro de transbordamento da barragem ocorreu há mais de 10 anos. Moradores e agricultores da região recordam que, há quase 15 anos, o reservatório chegou a garantir fartura de água para abastecimento humano e irrigação. Hoje, a realidade é oposta: a Compesa precisou reduzir a retirada para apenas 400 litros por segundo. Esse valor representa menos da metade da capacidade de fornecimento em condições normais, que ultrapassa mil litros por segundo, segundo Niadja Menezes.

Em janeiro deste ano, Jucazinho já operava em pré-colapso, com menos de 6% de sua capacidade. Desde então, o sistema só teve redução de percentual. A avaliação da Compesa é de que volumes acima de 20% já seriam considerados um nível confortável, mas a barragem não atinge esse patamar há quase 15 anos, enfrentando sucessivos períodos de estiagem e baixa recarga.

Para reduzir as consequências da crise hídrica, o governo estadual tem reforçado o abastecimento da região com alternativas como o Sistema Adutor do Agreste, que já beneficia cidades como Caruaru e ajuda a reduzir a pressão sobre Jucazinho.

Enquanto isso, a população de dezenas de municípios do Agreste segue à espera de um novo ciclo de chuvas que permita a recuperação do maior reservatório da região.

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