Entre vaias e aplausos: a reviravolta do goleiro Felipe Alves no Santa Cruz
Paulo Mota DPE

Felipe Alves, goleiro do Santa Cruz (Evelyn Victoria/SCFC)
No futebol, a carreira de um jogador muitas vezes se assemelha a uma roda-gigante: ora se está no topo, aplaudido pela torcida, ora se desce aos momentos de crítica e desconfiança. Foi exatamente essa a trajetória vivida pelo goleiro Felipe Alves nos últimos dias. Após ser apontado como um dos vilões na derrota do Santa Cruz para o Central, o camisa 1 deu a volta por cima com uma atuação segura no empate sem gols diante do América-RN, fora de casa, resultado que garantiu a classificação antecipada do Tricolor à próxima fase da Série D do Campeonato Brasileiro.
“Quero ressaltar a atuação do Felipe. A gente sabe das circunstâncias do jogo passado. No futebol tem uma coisa chamada convicção. A gente pode até derrapar por ela, mas é diferente de teimosia. Eu tenho convicção no Felipe e ele demonstrou o porquê”, afirmou o treinador.
Segundo Cabo, houve uma semana intensa de conversas e trabalho psicológico com o goleiro, que respondeu com humildade e dedicação. “Ele foi humilde em ouvir o que precisava. O preparador de goleiros trabalhou bastante, principalmente o mental. E ele entregou essa grande atuação ao nosso torcedor.”
Felipe Alves também falou após o jogo, reconhecendo a pressão da torcida coral, mas mostrando consciência do seu papel no elenco. “Se o time estiver ganhando, todo mundo vai apoiar. Se estiver mal e perder, muitas pessoas vão criticar. Isso faz parte. A torcida paga ingresso, tem o direito de torcer e vaiar. Nós estamos fazendo nosso papel”, declarou o goleiro.
Com o resultado, o Santa Cruz garantiu com antecedência sua vaga na segunda fase da Série D. Porém, ainda luta para se manter na liderança do Grupo A3 e buscar o topo da classificação geral da competição.
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