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Hepatite C pode estar ligada a transtornos mentais, diz novo estudo

Pesquisa da Universidade Johns Hopkins encontrou traços do vírus da hepatite C no revestimento cerebral de pacientes com esquizofrenia e transtorno bipolar, indicando uma possível conexão entre infecções virais e doenças psiquiátricas graves


© Shutterstock
por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Esquizofrenia

Um estudo da Universidade Johns Hopkins, publicado na revista Translational Psychiatry, identificou uma possível relação entre o vírus da hepatite C (VHC) e doenças psiquiátricas graves, como esquizofrenia, transtorno bipolar e depressão profunda. Segundo os pesquisadores, traços do vírus foram encontrados no revestimento protetor do cérebro — o plexo coroide — em amostras post-mortem de pacientes diagnosticados com esses distúrbios.

A descoberta foi feita com o auxílio de uma ferramenta de sequenciamento viral capaz de identificar milhares de agentes infecciosos. Os pesquisadores detectaram 13 espécies de vírus no tecido cerebral, mas o VHC foi o único com associação estatística significativa aos transtornos mentais, especialmente em pacientes com esquizofrenia (3,5%) e transtorno bipolar (3,9%). Esses índices são quase o dobro dos encontrados entre pessoas com depressão (1,8%) e muito superiores ao da população sem diagnóstico psiquiátrico (0,5%).

Apesar de o vírus não ter sido detectado diretamente nas regiões centrais do cérebro, como o hipocampo, os cientistas notaram que a presença do VHC no revestimento externo do órgão estava ligada a alterações genéticas que podem influenciar funções cerebrais relacionadas à emoção, memória e comportamento.

O neurocientista Sarven Sabunciyan, um dos autores do estudo, ressalta que a descoberta não significa que todos os pacientes com transtornos mentais tenham hepatite C, mas aponta para a possibilidade de um subgrupo desenvolver sintomas psiquiátricos como resposta a uma infecção viral tratável. “Isso abre caminho para que, no futuro, alguns casos possam ser tratados com antivirais em vez de medicamentos psiquiátricos convencionais”, afirma.

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