Foto: Ishant Mishra/ Unsplash
O mercado financeiro deve ficar sensível aos dados que serão divulgados nesta quarta-feira (10/8), tais como o índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, bem como as falas de dois dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano).
Segundo especialistas da Travelex, essas divulgações servirão como base para as apostas na agressividade do Fed em suas decisões de política monetária, em cenário de um relatório de emprego de julho, payroll, mais forte, divulgado na última sexta-feira (5).
O índice DXY, que relaciona o dólar com as seis principais divisas, opera em queda marginal, dando continuidade ao movimento de queda das últimas sessões. Na Europa as principais bolsas abriram em queda nesta manhã, com o mercado se mostrando cauteloso enquanto investidores aguardam a divulgação do CPI. Na Ásia o sinal não foi diferente, com as bolsas fechando majoritariamente em queda.
No mercado local, o Ibovespa pode ser pressionado positivamente em função do sinal positivos dos índices futuros de Nova York, enquanto o dólar, que vem perdendo força contra outras moedas emergentes e ligadas a commodities, poderá ajudar o real.
Ainda no Brasil, as vendas no varejo são um dos destaques da agenda econômica, enquanto, na esteira de balanços corporativos, o mercado olha principalmente para o do Banco do Brasil.
Em relação aos juros, os especialistas da Travelex afirmam que o mercado deve se guiar pelos rendimentos das Treasuries, que caem enquanto o mercado aguarda o CPI dos EUA. Contudo, a curva de juros, principalmente na parte mais curta, deve ter seu movimento menos agressivo, dada a precificação prévia do mercado do fim do ciclo de alta da Selic (taxa básica de juros).
No exterior os contratos futuros de petróleo negociam no vermelho, aumentando os prejuízos da sessão anterior, e, hoje, o mercado olha para para os dados de estoque de petróleo e derivados nos EUA. Os índices futuros acionários de Nova York apresentam sinal positivo, indicando uma possível recuperação dos mercados à vista, porém deve ficar voláteis e se guiarem pelos novos dados de inflação ao consumidor americano.
Por: Fernanda Strickland - Correio Braziliense
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