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SELIC Selic sobe para 13,25%; alta deve afetar tomador de crédito



Novo índice foi definido em reunião do Copom, nesta quarta-feira (29)
Por: Thatiany Lucena


Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

O Comitê da Política Monetária (Copom) definiu, durante reunião nesta quarta-feira (29), o aumento de 1 ponto percentual (p.p) na taxa Selic. Com isso, a taxa básica de juros subiu de 12,25% para 13,25%. A decisão foi reflexo da pressão da alta do dólar e do preço dos alimentos. De acordo com o economista e planejador financeiro, Danilo Miranda, a alta deve afetar o tomador de juros e as empresas.


O economista aponta que com a taxa de juros mais alta, o “custo do dinheiro sobe” e acaba dificultando a vida financeira de quem utiliza crédito. “Quando vão tomar crédito ou algum tipo de empréstimo as pessoas e as pequenas empresas principalmente, sentem porque os juros tendem a subir, porque a taxa Selic é a taxa básica de juros, ela serve de referência para as demais taxas que são praticadas, principalmente pelos bancos”, aponta.


Ainda segundo ele, o cenário também tende a elevar a inadimplência. “Por exemplo, o consumidor que vai precisar financiar seu imóvel, ele acaba pagando mais juros até chegar a um ponto de não conseguir fazer aquele financiamento. Com isso, existe também um risco maior de inadimplência com juros mais altos”, reforça.


A reunião foi a primeira sob o comando do novo presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, que seguiu a decisão do Copom na última reunião, realizada em dezembro de 2024, que informou que elevaria os juros básicos em 1 ponto percentual nas reuniões de janeiro e de março. Segundo o comitê, a elevação das incertezas no cenário internacional, somada aos ruídos provocados pelo pacote fiscal do governo no fim do ano passado, justificam o aumento dos juros básicos no início de 2025.


Após atingir 10,5% ao ano, de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto e uma de 1 ponto percentual.


Danilo explica que a alta da taxa Selic é uma medida realizada como forma de conter a elevação da inflação. “A inflação bateu 4.83% nos últimos 12 meses, no caso do fechamento de dezembro de 2024. Quando a inflação passa do teto da meta, o BC precisa subir juros para conter a inflação, porque prejudica principalmente a população de baixa renda. A meta da inflação é 3% ao ano e o teto seria de 4,5%, mas quando ultrapassa esse teto há uma preocupação e o Banco Central já percebeu esse movimento”, explica.


O economista aponta que outro motivo para a elevação da Selic seria o problema fiscal do Brasil. “O governo não conseguiu trazer uma proposta consistente de corte de despesas públicas, pelo contrário, ele vem com essa fome de arrecadação. Porém, quando existem despesas maiores que receitas, acaba vindo uma pressão inflacionária também”, aponta.


Alta do dólar


Segundo o economista, quando os países têm um déficit alto e uma questão fiscal não resolvida, o investidor local investe menos em ativos de risco e o investidor externo tira o dinheiro do Brasil. “Isso traz uma outra consequência, que é o dólar subindo também. O dólar subiu bastante porque também essa questão fiscal atrapalhou e aí o investidor não percebe o Brasil com o risco aceitável. O dólar mais alto pressiona a inflação novamente porque impacta no IPCA e no IGP-M, que é o índice de preço de aluguel. Isso traz um ciclo que é ruim para economia, porque a inflação alta tem que subir juros de novo”, finaliza.

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