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Historia em dose dupla: Irmãs inseparáveis rumo aos 500 anos

 

Eu sou a mais velha das irmãs. Em 1535, Duarte Coelho era o donatário da Capitania de Pernambuco e foi num dia 12 de março, como hoje, que fui reconhecida oficialmente como vila. Nasci com minhas ladeiras e um sítio histórico muito encantador que viria se formar e reformar ao longos dos séculos seguintes, justificando o próprio nome que Coelho ao proclamar “Ó linda cidade!” 
 
Dois anos mais tarde, em 1537, nasceu minha irmã, Recife. Uma cidade repleta de arrecifes de arenito que protegem a bacia dos rios Capibaribe, Beberibe e Tejipió, que formam um porto natural. 
A beleza é de família. Eu sou linda, mas minha irmã não fica atrás. Temos igrejas históricas como a São Salvador do Mundo, também conhecida como a Sé, e lá no Cais da Alfândega a Igreja da Madre de Deus. Os casarões, os museus, nossas arquiteturas, mosteiros, histórias, parques, jardins, reservas e comunidades nos deixam ainda mais únicas, assim como nosso carnaval, nosso frevo, o forró, o manguebeat, o brega e tantas outras identidades culturais.
 
 (Foto: Rafael Vieira/DP. )
Foto: Rafael Vieira/DP.
 
Daqui de cima posso olhar para minha irmã, que é apenas dois anos mais nova que eu, mas crescemos juntas e nem sentimos essa diferença de idade. Temos nossas características e particularidades como toda família, mas o amor que sentimos nos mantém sempre unidas.
 
De lá da Ponte do Limoeiro, após o Recife Antigo, ela me olha e acena. Daqui do Alto da Sé eu correspondo. Somos o berço de muitos artistas e profissionais brilhantes, temos filhos espalhados por todo o mundo. Daqui a 13 carnavais eu completarei 500 anos, idade que será conquistadas pelo Recife dois anos depois. E o que esperam de nós ao meio milênio de vida? Que continuemos sendo o lar de gente de todos as origens, raças e credos, com melhores condições de vida para todos em um mundo sem pandemia e com muita folia de volta às ruas.


A melhor capital do mundo em linha reta 
 
 (Foto: Sandy James/DP.)
Foto: Sandy James/DP.
 
Deixe eu me apresentar também: eu sou o Recife, aquela cidade que Manuel Bandeira chamou de Veneza brasileira. Recife de Capiba e do passinho. Eu sou aquele lugar sobre o qual vão gritar “Voltei Recife”, quando o carnaval retornar. Também sou aquela que tem o maior bloco de rua do mundo e um carnaval muito caloroso. O Marco Zero, as belas pontes, a Rua da Moeda, a Rua do Bom Jesus estão aqui... e não posso esquecer da Praia de Boa Viagem, amada por pernambucanos e turistas. 
 
Eu sou a capital, mas não se engane não, minha irmã também já foi, desde que ela nasceu até 1654. Ela com suas ladeiras arrasta multidões por todo o ano, mas no carnaval as coisas ficam ainda mais intensas por lá. Ela é tema de muitas composições como o Hino do Elefante, que só de ouvir a primeira nota a cidade inteira grita “Olinda! Quero cantar a ti esta canção”. Eu aqui eu tenho o Galo da Madrugada e lá ela tem o Homem da Meia Noite. Meu galo sai na manhã do sábado de Zé Pereira e o calunga na madrugada. Veja que combinação massa! Com essas duas irmãs é possível aproveitar o dia inteiro. 
Olinda faz 500 anos daqui a 13 anos e eu daqui a 15 anos. Juntas, vamos tentar atender todas as expectativas de vocês. Porém não podemos atingir nenhuma meta sozinhas, precisamos que vocês cuidem de nós, criem programas para nos ajudar, trabalhem com compromisso e lutem por nossos direitos. 

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