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Com produção 24 horas, Butantan começa a entregar 3,4 mi de doses de vacina.

 


Trezentos funcionários atuam em turnos de 12 horas para produzir a CoronaVac, vacina contra covid-19, no Instituto Butantan, na zona oeste de São Paulo. A equipe é dividida em quatro grupos e cada um tem folga de 36 horas para cada período trabalhado. Desse grupo, 150 pessoas foram contratadas no ano passado.

A fábrica funciona 24 horas por dia —depois de ter ficado parada por três semanas, por falta de insumos. Hoje, 3,4 milhões de doses recém-produzidas começam a ser entregues para o Ministério da Saúde.

O Butantan fabrica um milhão de doses de CoronaVac por dia. 

O instituto —ligado ao governo de São Paulo— quer duplicar a produção depois de terminar todo o envase da vacina contra o vírus da Influenza, causador de um tipo de gripe. 

A previsão para que isso ocorra é entre abril e maio. 

Sob os holofotes, em plena pandemia de covid-19, o instituto completa 120 anos nesta terça-feira (23).

 A história começou após uma tragédia —em 1887, a filha do então presidente da província de São Paulo, Rodrigues Alves, morreu de febre amarela —na época, a multiplicação de casos virou epidemia e matou milhares de brasileiros. Ele, então, criou um laboratório para investigar esse tipo de doença, com os principais nomes da ciência no país.

Sistema de reconhecimento facial e porta de chumbo Para chegar até a CoronaVac e os insumos —ou IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo)—, é preciso passar por um rigoroso esquema de segurança. Ao entrar em um dos espaços de armazenamento, o gerente do núcleo de Formulação e Envase da CoronaVac, Ênio Xavier, mostra o crachá a um sensor e, na sequência, abaixa sua máscara de proteção para o reconhecimento facial. A entrada é por uma porta de chumbo que pesa duas toneladas. 

Lá dentro, sob uma temperatura de 5 ºC, repousam em caixas de alumínio —todas trancadas— as doses e os insumos.

O IFA é a substância usada para produzir a vacina e chegou pronto da China, enviado pelo laboratório Sinovac Biotech, parceiro do Butantan no desenvolvimento da CoronaVac. Com o produto em mãos, o trabalho do Butantan é completar o processo de produção e colocar dentro dos frascos o imunizante. 

Para isso, há uma máquina enorme que perpassa duas salas, com pressão atmosférica diferente do restante dos locais. 

Em uma das salas, onde o insumo começa a ser envasado, ficam dois cientistas com trajes de paramentação médica idênticos aos de uma usina nuclear. Ali, uma máquina monitora e filtra o ar da sala para que nenhum micro-organismo esteja presente no ar e contamine as vacinas —no menor sinal de partículas no ar, um alarme dispara.

Até a velocidade com que esses cientistas se mexem importa. Eles não podem gesticular ou andar rapidamente para não soltar partículas no ar. De luvas, eles devem passar álcool 70% nas mãos sempre que tocarem em algum instrumento. Depois, permanecem sentados, com as palmas das mãos viradas para cima, até que o composto seque completamente. Dali, a vacina sai pronta e segue numa esteira para outra sala. Nessa etapa, três cientistas separam as doses em caixas e as encaminham para a inspeção, que vai conferir se há alguma partícula estranha dentro do frasco ou se o vidro está danificado.

Para isso, há um time de nove pessoas (mulheres em sua maioria) que faz esse trabalho manualmente, de três em três frascos. "Após a inspeção, o controle libera para a dose ser rotulada e embalada. 

E aí são encartadas nas caixas, para só depois sair do Butantan e ir para o embarque para todo canto do país", disse Ênio Xavier.


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