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Irmãs morrem afogadas em açude no Agreste do Estado.

“É tão bonito você atender o pedido de um filho. Infelizmente, fui fazer a vontade das minhas meninas e aconteceu um problema desses”, lamentou, com certo tom de resignação, a dona de casa Luzia Josefa da Silva, 29. Durante a manhã de ontem, ela aguardava, na entrada do Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru, a liberação dos corpos das filhas Estefânia Bezerra da Silva, 7, e Ana Beatriz Lopes da Silva, 9. As duas morreram afogadas na tarde do domingo enquanto tomavam banho em um açude na cidade de Pedra, no Agreste do Estado.
A mãe contou que o passeio ao açude foi um pedido das cinco filhas - além de Estefânia e Ana Beatriz, ela tem outras três meninas e um bebê de apenas quatro meses. “Nunca as deixei tomarem banho no açude porque muita gente já morreu naquele lugar. Mas, como elas insistiram muito, abri uma exceção. Achei que não teria pro­blema e fiquei olhando da beira”, relatou a mulher.
Segundo a delegada de Pedra, Luciana Almeida da Costa, o trecho do açude onde as meninas tomavam banho era raso. “Segundo os agentes que foram ao local, a profundidade chegava, no máximo, ao nível do joelho. Acredito que elas devem ter caído em um buraco e não conseguiram sair”, explicou a delegada. Banhistas ainda conseguiram resgatar as duas crianças, mas Estefânia morreu no local. Ana Beatriz foi levada ao Hospital Municipal de Pedra, mas deu entrada na unidade sem vida. O inquérito instaurado ontem vai apurar se houve negligência da mãe.
Luzia, no entanto, garante que não descuidou das filhas. “Eu estava trocando a fralda do bebê e quando percebi já havia um tumulto no açude. Pedi socorro a quem estava lá, mas não pude fazer mais nada. Não é fácil perder as filhas assim”, desabafou a mulher.
O acidente acabou reavivando um certo trauma nos habitantes de Pedra, que têm o açude como uma das mais importantes áreas de lazer da cidade. O Conselho Tutelar pediu a colocação de placas de sinalização informando que o corpo d’água oferece riscos aos banhistas, em especial às crianças. “É o mínimo que podem fazer, porque não desejo isso que pas­sei para mais ninguém”, concluiu Luzia. Os corpos  devem ser enterrados hoje no cemitério da cidade.

Por Bruno Bastos

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